Durante todo o Antigo Testamento, Deus se revela como alguém presente e fiel na história de Israel. Porém, a sua glória e santidade é tamanha que a nossa iniquidade nos impedia de vê-Lo como realmente é. Em Êxodo, Ele avisa que ninguém viu a sua face e apenas algumas pessoas, que realmente queriam a presença Dele, conseguiam ter uma pequena parcela de quem Ele é. Mesmo Moisés, quem falava com o Senhor como a um amigo, não viu a face de Deus, pois "homem nenhum verá a minha face e viverá." (Êxodo 33.20).
Assim, em uma dança contínua, o Senhor se revelava ao povo na medida em que este conseguiria entender, o protegia e o incentivava a uma busca por relacionamento e trazia promessas de restauração e salvação. Porém, as pessoas nesse mundo carregavam o peso do pecado e de todas as suas consequências. Andávamos cativos pelo poder do inimigo, cegos pela trevas do pecado e embriagados com o pecado. Não havia ninguém que clamasse pela justiça e pela verdade (Isaías 59.4) e toda essa corrupção, além de nos afastar do plano original de vida de Deus, nos separa do próprio Senhor ao ponto de nem mais sentirmos a necessidade de nos aproximarmos do Seu amor e bondade.
O quão triste é um filho longe de seu pai e, pior ainda, sem a mínima noção de quem seu Pai é. Assim era a humanidade durante um longo tempo!
Os homens e mulheres que se aproximavam de Deus, nessa época, esperavam por uma nova aurora: uma em que seu povo estaria livre da sedução do pecado, libertos da cegueira e da fome, desprendidos da opressão, seja dos homens, seja de forças espirituais. Eles sabiam que o pouco que experimentavam da presença de Deus era melhor do que a própria vida e ansiavam por dias em que essa presença fosse mais abundante e visível para todos. Josué, ainda moço, não se apartava da tenda da comunhão (tenda em que o Senhor se manifestava a Israel no deserto). Moisés, quando experimenta da bondade de Deus, proclama em adoração a bela identidade que lhe era revelada: Deus compassivo, clemente, fiel... Davi pede, de maneira sincera e desejosa, poder morar na casa do Senhor todos os dias da sua vida porque ele ansiava, com todo o coração, contemplar a beleza do Senhor. Rute buscou refúgio no Deus de Israel, mesmo sendo estrangeira, e recebeu bênçãos em áreas que antes estavam desoladas. E esses são apenas alguns exemplos das pessoas que foram impactadas pelo favor do Senhor no Antigo Testamento.
Assim, o plano de salvação foi desenrolando por entre as gerações humanas e, de maneira magnífica, teve o seu ápice na vida, morte e ressureição de Jesus nessa terra. Mais do que um homem qualquer, um profeta ou um mestre judeu, Jesus é o Deus encarnado habitando no meio dos homens. Antes, não podíamos ver a face do Senhor, agora o próprio Deus nos é revelado em carne e osso! A Palavra diz, no evangelho de João, capítulo 1, que Jesus é o Verbo, o meio pelo qual todas as coisas foram criadas no céu e na terra, a luz da humanidade e a vida para todos os homens e mulheres.
Que privilégio! Que oportunidade! Deus se revela de maneira física para nós, tão cegos e perdidos, peregrinos que caminham por uma terra árida na busca pela água. A água, assim, nos é apresentada e Jesus diz:
"aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna." (João 4.14)
Portanto, Jesus revela a essência de Deus como nunca antes vista: aquela que deixa tudo, faz tudo e para o relógio celestial para resgatar as pessoas de sua própria imundícia e sujeira. Ele revela que a vida verdadeira provém Dele e anuncia isso para que as pessoas sejam salvas e deixem as práticas desse mundo e do pecado para trás. Nada desse mundo pode te completar, nada desse mundo pode te salvar e te fazer sentir o Amor puro e pleno de Deus. É isso que Jesus diz, dentre outras coisas, por meio da sua vida nessa terra. De forma insistente, pois Ele sabe da urgência de sermos salvos, Ele se exprime por meio da carta de Tiago:
"Purificai as mãos, pecadores; e vós que sois de ânimo dobre, limpai o coração" (Tiago 4.8)
Sabe onde nós purificamos as mãos? No sangue de Jesus. Sabe por onde limpamos o nosso coração? Pelo sangue de Jesus. Ele é o cordeiro imolado do Senhor, a graça e o amor ousado de Deus sendo revelado para toda a humanidade.
Diante disso, sabemos não só dos seus atos milagrosos em vida humana e do seu sacrifício por todas as pessoas, as quais são profundamente amadas por Deus, mas também da sua ressurreição poderosa que exclama contundentemente: a morte não pode conter o Senhor, o pecado já foi derrotado e a esperança brota em um novo amanhecer.
Assim, todas as coisas foram feitas novas pelas mãos do Alfa e do Ômega e uma nova e brilhante promessa nos é garantida: Jesus voltará. Lembra-se de que não podíamos ver a face do Senhor no Antigo Testamento? Então, por meio de Jesus, nós contemplaremos a face de Deus na Jerusalém celestial que, pacientemente, nos aguarda (Apocalipse 22.3). A revelação das revelações acontecerá e veremos a Deus face a face, O conheceremos tal como somos conhecidos!
É isso que aguardamos, é isso que esperamos! Uma vida eterna com o Rei dos Reis, o Criador de todas as coisas, a Água da vida, a Rocha sólida, o Princípio e o Fim. Tudo isso nos foi selado pelo sangue de Jesus Cristo e hoje falamos
"Maranata, ora vem, Senhor Jesus"
Ó Senhor, te aguardamos. Aguardamos pela sua presença restauradora e libertadora. Esperamos pelo dia em que libertos seremos de todo o pecado junto com a sua criação. Aguardamos pelas ruas douradas do céu, onde lágrima nenhuma ficará, morte alguma permanecerá, apenas o Senhor, apenas o Seu amor se tornará a nossa rotina e a nossa realidade.
Te aguardamos e te amamos, querido Jesus.
Texto lindo Louise, obrigada!
Louise, embora ainda tenha inúmeras dúvidas, sigo aberta para o conhecimento ...
Agradeço muito pelo apoio e incentivo, reforçados em suas sábias palavras, imprescindíveis à minha jornada.
Que o Pai Celestial continue abençoando você , sempre !